Pagou fiança e foi solto, diz filha de costureira atropelada por PM em Teresina
Segundo Iara Cristina, o quadro de saúde da mãe ainda requer cuidados, mas apresenta melhora significativa.
A dona de casa Iara Cristina vive dias de angústia desde o acidente que deixou sua mãe, a costureira, Maria de Deus, de 51 anos, gravemente ferida após ser atingida por um carro conduzido por um policial militar supostamente embriagado. O caso aconteceu no último sábado (5), na avenida Mirtes Melão, zona Sudeste de Teresina.
A costureira fraturou a perna e teve um traumatismo craniano, ela passou por uma cirurgia de reparo emergencial na perna, pois devido ao coágulo que se formou em sua cabeça, a costureira não pode realizar a cirurgia de restauração do membro. Ela permanece internada na UTI. Além de Maria de Deus, outras duas pessoas ficaram feridas, um motociclista por aplicativo e um passageiro.
Segundo Iara Cristina, o quadro de saúde da mãe ainda requer cuidados, mas apresenta melhora significativa.
“Ela se encontra na UTI. Ontem tiraram o sedativo porque viram que ela estava conseguindo respirar sozinha, sem a ajuda dos aparelhos. Continua com medicação para controlar a pressão, mas já pensam em levá-la para o leito comum. Ela ficou três dias em coma e sofreu traumatismo craniano e fratura exposta no fêmur. Colocaram um ferro da coxa até o pé, uma cirurgia provisória para salvar o membro e a vida dela. A médica disse que vai ficar cerca de um mês com esse fixador antes de uma nova avaliação”, contou.
O acidente ocorreu por volta das 8h20 quando Maria de Deus saiu de casa para abastecer e calibrar os pneus da sua motocicleta. Testemunhas informaram que o carro dirigido pelo policial seguia na contramão.
“O motoqueiro que vinha na frente conseguiu desviar, tanto que o impacto maior foi no passageiro, mas minha mãe, que vinha atrás, foi atingida. O corpo dela voou com o impacto. Quando cheguei, ele estava totalmente embriagado, mal conseguia ficar em pé. Depois soubemos que ele era PM, o que revoltou ainda mais a gente, porque era para dar exemplo", acrescentou.
Apesar da gravidade do caso, a filha afirma que o policial foi liberado após pagar fiança de R$ 2 mil e não está dando assistência as vítimas.
“Meu tio acompanhou a polícia e viu que ele foi preso, mas logo depois pagou fiança e foi solto. Desde então, ninguém sabe onde ele está. Sumiu. Até agora, ele não mandou advogado, não ligou, não prestou nenhum tipo de apoio. Nada", pontuou.