'Acusado de matar major ficará muito tempo na cadeia', diz Bareta
“Eu acredito que esse indivíduo vai ficar bastante tempo na cadeia, porque as provas que foram colhidas por dois inquéritos são claras e não deixam nenhuma dúvida sobre a criminalidade praticada por ele”, disse.
Wallison Jonatas Rodrigues de Sousa, conhecido como Wallison Candomblé, acusado de efetuar o disparo que matou o major Mayron Moura Soares, comandante do 1º batalhão da Polícia Militar (BPM), executado durante um assalto no bairro Todos os Santos, na zona Sudeste de Teresina, se entregou na tarde de terça-feira na Delegacia de Homicídios.
O delegado titular da Delegacia de Homicídios, Francisco Costa, o Bareta, informou que o acusado ainda tentou prejudicar as investigações. “Ele [Walisson] criou um álibi dizendo que havia jogado a arma fora ali na horta e eu disse que essa história não ia colar e depois que ele percebeu que não poderia criar mais nenhum álibi, com todas as provas, resolveu dizer onde estava a arma e o celular", afirmou o delegado.
Segundo o delegado, trata-se de um "indivíduo frio, calculista e também audacioso. Ele disse que não sabe o motivo de uma pessoa ficar em uma rua 'daquela' usando o aparelho celular. Eu, na hora, respondi e disse para ele que os valores estão investidos: quer dizer que os bandidos podem andar na rua e só eles podem possuir bens?", questionou o delegado.
Candomblé possui mandado de prisão em aberto por um homicídio ocorrido em janeiro deste ano. “Eu acredito que esse indivíduo vai ficar bastante tempo na cadeia, porque as provas que foram colhidas por dois inquéritos são claras e não deixam nenhuma dúvida sobre a criminalidade praticada por ele”, acrescentou.
Presa acusada de esconder arma do crime
No final da tarde de ontem, a polícia prendeu Odania de Lima, acusada de esconder a arma e o celular tomados durante assalto ao comandante. Odania é namorada de Wallison Candomblé, responsável por efetuar o disparo contra o major. Em depoimento, a mulher disse que o parceiro colocou a arma e o celular em um saco plástico e enterrou nos fundos da casa de sua mãe.
A suspeita não vai ser indiciada, já que não obteve favorecimento pessoal com o crime e tem colaborado com a polícia para elucidar o crime. Além dos pertences da vítima, foram encontrados no local uma escopeta de fabricação caseira, calibre 12 e munições de revólveres calibre 38 e 45. Wallison vai responder pelos crimes de latrocínio - roubo seguido de morte, porte ilegal de arma de fogo e posse ilegal de munição de uso restrito.